quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A música do Pará pede passagem

Quando o assunto é música brasileira, o objetivo do Blog é sempre promover  e defender. Isso fica claro em postagens anteriores.
Hoje, gostaria de falar sobre um gênero de música que me era desconhecido. Trata-se da música paraense.

De férias em São Paulo, tive a oportunidade de assistir o show Felipe Cordeiro convida Pepeu Gomes. Sinceramente, minha motivação primeira estava em ver o Pepeu ao vivo, que é sem dúvida um grande músico brasileiro.
A apresentação começou com Felipe Cordeiro e sua banda e em alguns minutos todas as pessoas estavam dançando! Isso porque Felipe Cordeiro tocava ritmos envolventes e irresistíveis! Era a música do Pará! E seus ritmos: o carimbó, a guitarrada, a lambada, o calypso entre outros.

E o Pepeu Gomes?
Bom, o astro apareceu nos últimos vinte minutos do show, deu o ar graça... A essa altura, o povo já tinha sido seduzido pela música de Felipe Cordeiro e seus ritmos dançantes.

Sobre a música paraense

O contato com esse novo estilo me despertou curiosidade. Fui pesquisar um pouco sobre o assunto, e descobri que existe um universo, o da música paraense, e este universo esta ganhando território! Os exemplos vão desde os mais famosos como Banda Calypso ou Gabi Amarantos, até o próprio Felipe Cordeiro, Aila e Lia Sophia, que seriam representantes de uma vertente mais pop (renovação) do gênero. Em suma, o Pará é um "brasil" dentro Brasil, e sua música pede passagem.

Documentário ritmos do Pará

terça-feira, 10 de junho de 2014

Baião grunge: quando a música brasileira é mais reconhecida por estrangeiros do que por nós mesmos

"O ritmo do baião, por sinal, sendo muito marcado e sem a complexidade da batida do samba, prestava-se admiravelmente para a exportação, pois os bateristas estrangeiros se tornavam capazes de aprender ao menos sua cadência básica, o que até então só acontecera com os pomposos sambas cívicos para grande orquestra, lançados por Ary Barroso a partir da composição 'Aquarela do Brasil', de 1939".  
José Ramos Tinhorão


É comum, entre grande parte da população brasileira, uma valorização extrema de culturas estrangeiras, seja na música, no cinema, ou literatura... Esse tema já foi tratado aqui em postagens mais antigas
Embora seja um fato triste, por outro lado, podemos perceber atitudes que pretendem nos convencer do contrário, nos lembrar da riqueza de nossa cultura e de sua singularidade. É sobre isso que vamos tratar...

Baião Grunge?  

 

O baterista da banda Sound Garden, Matt Cameron, fez questão de homenagear a música brasileira executando o baião, um ritmo típico da região nordeste do Brasil, em uma das faixas do CD King Animal, de 2012.  Confira:
Música: "A thousand days before" - 04

Enquanto isso na mente colonizada... 

 

"- Agora sim. Se um americano admira, deve ser porque é realmente uma coisa boa"... (ironia)


Mattew Cameron (1962) - É um músico conhecido por tocar bateria nas bandas de grunge: Soundgarden de 1986 a 1997, voltando em 2010 até atualmente e no Pearl Jam desde 1998

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A Geografia nos pratos de bateria



Os pratos de bateria mais antigos são da marca (a marca existe desde 1623!) que é originária da Turquia, porém sua produção e gestão estão nos Estados Unidos, onde se encontra também seu grande mercado consumidor. Sua maior concorrente mundial é a , do Canadá. Que surgiu de uma ruptura entre os dirigentes da Zildjian.


Este prato que você vê é um modelo chinês, que é produzido na China.   Ao lado da China, no Japão, temos a , uma importante concorrente (não em pratos, mas em baterias) que surgiu como produtora de instrumentos musicais e hoje fabrica também motocicletas, dominando uma parte considerável desse mercado no Brasil, que por sua vez é também um produtor de pratos de bateria, tendo como maior expoente a marca Orion . O Brasil, mesmo sendo um país subdesenvolvido, participa do mercado mundial de pratos (um mercado complexo, diga-se de passagem); isso porque consegue produzir a baixo custo. Tem também uma importante reserva de bronze, a matéria prima básica para confecção dos pratos, exportando para vários países, entre eles os Estados Unidos e Turquia.
Ultimamente, com a concentração da produção em alguns países específicos, parece haver uma mudança nesse quadro. Cada vez mais, empresas brasileiras estão importando produtos prontos e apenas colocando seus logos e comercializando, essa lógica tem valido mais a pena do que a produção local.